Artista: Slayer
País: Estados Unidos
Álbum: Reign in Blood
Gravadora: Def Jam Recordings
Licenciamento: Indisponível
Versão: Compact Disc
Ano de Lançamento: 1986
O SLAYER tomou de assalto a cena com três ótimos lançamentos nos anos entre 1983 e 1985. Enquanto o debut “Show no Mercy” (1983) e o EP “Haunting the Chapel” (1984) mostravam um Thrash Metal visceral, blasfemo e que beirava o Death Metal, “Hell Awaits” (1985) já se mostrava mais polido, ainda que o teor primitivo ainda fosse a premissa estética da banda.
Tudo ia muito bem na carreira dos caras, com um crescimento evidente e uma popularidade que apenas aumentava na primeira metade dos anos oitenta. Contudo, acredito que ninguém estava preparado para o que viria a seguir, com o lançamento do terceiro LP “Reign in Blood” em 1986. Ainda apostando no Thrash Metal, que transita em um limiar bem próximo do Death Metal, o quarteto elevou (e muito) a qualidade das suas composições.
“Reign in Blood” é melhor em absolutamente tudo que os seus antecessores apresentaram. A começar pela produção, assinada pelo incrível Rick Rubin, que já tinha no currículo nomes do Rap como LL Cool J. e Beastie Boys. A arte da capa, composta por Larry W. Carroll, também causou um enorme impacto, passando a visão do artista de como seria estar preso no inferno por toda a eternidade. Os puritanos e cristãos atacaram como puderam “Reign in Blood”, por todos estes elementos, mas a linguagem artística acabou triunfando e este LP foi o mais bem sucedido do grupo até aqui.
Um problema de “Reign in Blood” é a sua curta duração. Apesar de trazer hinos imortais do gênero, como “Angel of Death”, “Piece by Piece”, “Jesus Saves”, “Postmortem” e a faixa título; ele mal contabiliza trinta minutos de conteúdo. Tá certo que a mensagem foi passada, da maneira mais efetiva possível, mas a banda estava em um momento criativo ímpar, então mais duas ou três canções adicionais não fariam mal algum.
Apesar da crítica, “Reign in Blood” funciona e é apontado por muitos figurões da cena, como uma masterpiece inquestionável. Eu faço parte do time que concorda com tal afirmativa, já que este álbum foi a minha porta de entrada para o Thrash Metal, e nele podemos encontrar diversos clássicos imortais do Metal como um todo. Com ele, o SLAYER furou a bolha, conseguindo catequizar fãs que não tinham o Thrash como preferência. Isso também é um fato!
Sim, “Reign in Blood” trata-se de uma unanimidade dentro do segmento que está inserido. Não me atrevo a refutar isso, até porque quando lembramos do termo “Thrash Metal”, imediatamente nos vem à mente a bateria marcante de Dave Lombardo, servindo como porta de entrada para os riffs da dupla King/Hanneman ditarem os rumos da música título da obra. A partir dela, novos rumos foram tomados por toda uma leva de bandas, que se aventurou a seguir os passos dos mestres da Califórnia.
Formação:
Tom Araya (vocalista, baixista)
Kerry King (guitarrista)
Jeff Hanneman (guitarrista)
Dave Lombardo (baterista)
Tracklist:
01. Angel of Death
02. Piece by Piece
03. Necrophobic
04. Altar of Sacrifice
05. Jesus Saves
06. Criminally Insane
07. Reborn
08. Epidemic
09. Postmortem
10. Raining Blood
Notícia mais antiga: Death – Scream Bloody Gore »