Monsters of Rock 2025 – Os monstros de volta ao país do corcovado
Postado em 07/01/2025


Para comemorar os 30 anos da marca Monsters of Rock, a Mercury Concerts confirmou a sua oitava edição em terras brasileiras, com um line-up que promete vir a agradar gregos e troianos, trazendo nomes como Scorpions e Judas Priest, que serão co-headliners, além dos sempre importantes Europe, Savatage, Queensrÿche, Opeth e Stratovarius. O evento irá acontecer no dia 19 de abril, em São Paulo, no estádio Allianz Parque e a equipe da The Ghost Writer Magazine estará presente, para trazer até você o que de melhor esta experiência irá proporcionar.

Neste texto vamos passar a limpo as nossas impressões sobre as atrações confirmadas, deixando claras as nossas preferências, para que as nossas expectativas sejam compreendidas de maneira muito clara. Mas a verdade é que, esta nova edição do Monsters of Rock promete ser histórica, abrangendo alguns dos principais subgêneros do Metal, sem qualquer tipo de espaço para segregacionismos.

Programado para abrir o festival, o Stratovarius já é um velho conhecido do público brasileiro. Os finlandeses já passaram pelo país por diversas vezes, tendo a sua estreia ocorrida em 1997, quando estavam em pleno processo de promoção do aclamado “Visions” (97). Agora, sem um novo álbum programado para breve, poderemos esperar faixas do seu último full lenght “Survive” (22), que modernizou a sua sonoridade, além de diversos clássicos que balizaram a sua carreira como um dos principais nomes do Power Metal Melódico.

Os suecos do Opeth encabeçam, juntamente com Judas Priest e Savatage, a nossa lista de prioridades. Não é de hoje que o quinteto vem acrescentando muita qualidade ao cenário, com a sua junção equilibrada do Death Metal e Progressivo. A sua enorme fan base brasileira certamente espera por muitas canções que já viraram verdadeiros hinos, como “Ghost of Perdition” de “Ghost Reveries” (05) e “In my Time of Need” de “Damnation” (03), além, é claro, de músicas do seu recém lançado “The Last will and Testament” (24).

A veterana Queensrÿche nunca chamou muito a minha atenção, exceto quando lançaram o maravilhoso “Empire” (90), a nós apresentado em um show antológico na segunda edição do Rock in Rio, em 1991. Na época, a banda contava em suas fileiras com o frontman Geoff Tate (Operation: Mindcrime, Sweet Oblivion), mas hoje quem irá encarar o público brasileiro de frente será o competente Todd La Torre, dando vida às composições de “Digital Noise Alliance” (22), seu último álbum. Obviamente, todos poderão esperar que “Operation: Mindcrime” (88) seja lembrado, além das indispensáveis “Silent Lucidity” e “Resistance”, do já citado “Empire”.

Seguindo com fidelidade a sequência proposta no cartaz do evento, está programado para o Savatage ser a próxima a invadir o palco. E esse aqui eu tenho um carinho todo especial, já que álbuns como “Edge of Thorns” (93) e “Handful of Rain” (94) marcaram uma época muito especial na minha vida. E o momento não poderia ser mais oportuno, já que a banda anunciou o retorno do vocalista Zak Stevens (Circle II Circle, Trans-Siberian Orchestra, Archon Angel) ao posto, reafirmando que priorizará os álbuns que o cara fez parte. O único adendo negativo é que, infelizmente, o carismático John Oliva (tecladista, Trans-Siberian Orchestra, John Oliva’s Pain) não poderá vir, por conta de problemas de saúde ligados a esclerose múltipla e doença de Ménière. Estimamos melhoras ao músico, para que em uma próxima oportunidade, ele possa nos visitar, despejando todo o seu carisma.

A Suécia voltará a reinar absoluta, quando o Savatage encerrar o seu set, tendo em vista que o Europe chegará imprimindo todo o seu vigor, mesclando composições mais modernas dos recentes álbuns, com as músicas eternizadas em trabalhos como “The Final Countdown” (86) e “Out of this World” (88). Pude ver o show deles na sua última passagem pelo Brasil, em um inusitado show exclusivo para a cidade de Fortaleza em 2022, e posso atestar que os caras estão em plena forma, principalmente o maravilhoso vocalista Joey Tempest. A fidelidade com a qual o cantor reproduz atualmente, composições registradas há mais de trinta anos atrás, é de se tirar o chapéu. Se o foco do set for as clássicas, o jogo já está mais do que ganho.

O Judas Priest é aquele tipo de banda que não precisa de nenhuma apresentação. Na ativa desde o início dos anos setenta, os ingleses continuam mais relevantes do que nunca, principalmente após o lançamento do excelente “Invincible Shield” (24), que conseguiu resgatar toda aquela fúria contida em “Painkiller” (90), atrelada a riffs e melodias marcantes. Ou seja, vamos ter a oportunidade de presenciar o passeio pela rica história do grupo, que se confunde com a do próprio Heavy Metal. Impossível não ter altas expectativas com este show, em particular, já que com uma discografia tão rica e volumosa, teremos provavelmente uma apresentação recheada de clássicas imortais do gênero. Spykes, o ronco da Harley-Davidson, muita pirotecnia e a voz inconfundível de Rob Halford são as minhas exigências. Pedi muito?! Obvio que não!

O Scorpions ficará responsável por encerrar os trabalhos, carregando um peso a mais, pelo bastão que será passado para eles pelo Judas Priest. Muito difícil subir em um palco, após um show dos ingleses, mas os alemães já têm quilometragem de sobra para não se intimidarem com a missão. Eu nunca fui lá grande fã da banda, mas como todo bom banger, a respeito muito pela sua trajetória, e por ter entregue canções que marcaram gerações. Preciso lembrar que “Wind of Change”, “Still Loving You” e “Send Me an Angel” são dos caras?! Óbvio que não, né?! Então, eu realmente acredito que o Scorpions fará um show escorado nos clássicos, deixando de lado as faixas dos álbuns mais recentes, como o último “Rock Believer” (22).

Então, temos um encontro marcado no próximo dia 19 de abril em São Paulo, no Allianz Parque, para celebrarmos juntos o amor pelo Metal em todas as suas esferas e vertentes. Já temos as nossas preferências, mas e as de vocês, quais são?!

 
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