– Atualmente a Inconstância faz parte do cast da MS Metal Agency Brasil. Como tem sido essa parceria até aqui?
R: Tem sido realmente positiva, além de um apoio como bandas, e ótimos profissionais, nos sentimos também muito acolhidos, esperamos que seja só o começo de uma boa jornada, e que bons frutos saiam dessa parceria!
– O EP “iReal” foi lançado, e confesso que já esperava por algo assim vindo de vocês. Qual a razão para terem gravado este material nesta fase da carreira?
R: Sentimos que era algo natural. Como se pegássemos o que fizemos no nosso primeiro EP e aplicássemos um amadurecimento. Nascemos no meio da era digital e percebemos como tudo gira em torno da identidade que você assume ao marcar uma presença online, o que pode não ser saudável na maioria das vezes. O futuro parece cada vez mais incerto e essa cobrança constante foi um dos impulsos que nos motivou a explorar esse conceito musicalmente.
– Eu particularmente acho o som da banda incrível, mas gostaria de saber como vocês se enxergam. Como se rotulam? Onde acham que a banda se encaixa no mercado atual?
R: Como músicos, temos gostos e influências extremamente variadas, o que acaba se refletindo no nosso som. Mas acreditamos que o rótulo de Metal Moderno nos define bem, pois observamos esse mesmo padrão em diversas bandas do gênero: a mescla de estilos, o uso de instrumentos incomuns, sintetizadores e novas formas de construir peso e atmosfera. Esse movimento representa uma nova maneira de enxergar o metal.
– Como tem sido a recepção dos fãs com relação ao EP “iReal”?
R: O público tem recebido muito bem nossas músicas, especialmente aquelas com letras mais trabalhadas e que fogem da ideia de entregar peso e distorção o tempo todo. Essa abordagem gerou momentos de maior conexão com quem nos ouve. Ainda não testamos “Miséria” ao vivo, mas, por ser a nossa faixa mais pesada, estamos ansiosos para ver a reação do público.
– Os planos da banda envolvem apenas o lançamento de Singles e EPs ou um álbum está previsto no planejamento de vocês?
R: No momento, nosso foco é consolidar nossa identidade e aprofundar o que já exploramos até agora. Um trabalho mais extenso já está em andamento e aborda exatamente essa ideia de ciclos. Temos nove faixas em fase final de gravação e estamos 100% focados nesse projeto.
– “Rumo ao Fim” é outra música de peso da Inconstância. Vocês já apresentaram essa faixa nos shows? Como o público tem reagido e como se deu seu processo de composição?
R: “Rumo ao Fim” é uma faixa especial para nós. Acreditamos que ela transmite nossa essência de forma diferente, trazendo um peso não apenas sonoro, mas também emocional. Nos shows em que a tocamos, percebemos que o público captou essa energia e se conectou ainda mais com a mensagem da banda.
– Imagino que vocês continuam compondo em estúdio. No geral, como funciona internamente esse processo de criação?
R: Nosso processo não segue uma estrutura fixa ou burocrática. Misturamos planejamento e emoção, trazendo ideias para o computador e experimentando até encontrarmos algo que nos representa. Criamos um ambiente propício para isso, onde discutimos conceitos, trocamos ideias e nos permitimos explorar dúvidas e reflexões. Para os novos trabalhos, queremos compartilhar mais dessa rotina com o público, lançando vlogs e resumos de estúdio nas nossas redes sociais.
– Como vocês enxergam o mercado fonográfico em 2025? Ainda existem espaços para bandas como a INCONSTÂNCIA?
R: Sabemos que o Metal não é protagonista no mercado fonográfico brasileiro e que tocar estilos mais modernos pode ser um desafio, pois demanda equipamentos caros e uma boa estrutura de produção. No entanto, temos visto soluções criativas para driblar essas barreiras. Bandas como AXTY, por exemplo, têm conquistado espaço internacionalmente, e muitos artistas estão crescendo apenas com a força da internet. Acreditamos que a música pesada está voltando para as playlists e que, apesar da falta de incentivo, ainda há um futuro promissor.
– Geralmente, a banda trabalha com algum produtor externo? Pergunto isso porque muitos artistas preferem concentrar a produção neles mesmos…
R: Não, nós mesmos produzimos nosso som. Investimos em equipamentos para garantir qualidade e ter liberdade criativa para explorar nossas composições ao máximo. Além disso, estamos cercados de amigos e profissionais do meio que nos dão feedbacks valiosos durante o processo de produção.
– Muito obrigado pelo tempo cedido para a equipe da The Ghost Writer Magazine. Agora fiquem à vontade para suas considerações finais…
R: Estamos muito felizes com tudo que entregamos até aqui, mas nosso próximo trabalho será um reflexo ainda mais nítido do que somos. Ele trará um conceito forte e aborda temas que surgem naturalmente em nossas conversas e vivências. Além disso, estamos planejando atualizações constantes nas nossas redes sociais, trazendo um mix de comédia, produção musical, conversas e entretenimento. Como estamos 100% focados no novo material, queremos documentar essa jornada e compartilhar mais desse processo com o nosso público. E obrigado pelo espaço!
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