Artista: Bathory
País: Suécia
Álbum: Bathory
Gravadora: Black Mark Production
Licenciamento: Indisponível
Versão: Compact Disc
Ano de Lançamento: 1984
Thomas Börje Forsberg, mais comumente conhecido na cena sob a alcunha de Quorthon, nasceu no dia 17 de fevereiro de 1966 em Estocolmo, Suécia. Predestinado, aos 17 anos fundou o BATHORY, um projeto ideológico/musical, que ficaria marcado por ser um dos representantes da primeira fase, do estilo que conhecemos hoje como Black Metal.
Há quem afirme categoricamente que o primeiro registro do BAHTORY, homônimo de 1983, foi o pontapé inicial da ramificação mais controversa do Metal. Estou aqui retornando ao período anterior ao Inner Circle, e todos os acontecimentos que ocorreram na Noruega nos anos 90. Como o barulho que foi disseminado pela imprensa mundial foi imenso, talvez os menos informados não saibam que, antes de nomes como Mayhem, Burzum, Darkthrone, Dissection e Immortal; tivemos Venom, Hellhammer, Celtic Frost e o próprio BATHORY como protagonistas.
O pioneirismo do BATHORY é algo que pode até causar discussão, pois o Venom contou com uma maior projeção. Um dos fatores para isso ocorrer, é que Quorthon sempre foi avesso a ideia de shows e turnês. Mas, ao mesmo tempo que preferiu se manter longe do alcance do grande público, ganhou rapidamente status de cult e uma respeitabilidade poucas vezes comparável. Tal afirmativa se materializou em junho de 1984, quando o sueco, acompanhado pelo baterista Stefan Larsson se trancaram no Heaven Shore Studio, para ambos registrarem “Bathory”.
Contando na sua primeira versão com oito faixas e, mais tarde sendo inseridos um interlúdio e um poslúdio, o álbum chegou às lojas em outubro de 1984, ganhando notoriedade rapidamente nos países nórdicos. Com uma estética primitiva, rude e rústica, podemos dizer que “Bathory” se assemelhava ao Motörhead em quase tudo, mas detinha características mais extremistas em toda a sua concepção.
A arte da capa ganhou duas versões, com a sua mascote em branco primeiramente, para depois ser relançado na cor amarela. Particularmente eu prefiro a ideia inicial, até porque, tem quem jure que a versão amarela só ocorreu por um erro de produção na gráfica. Eu nunca acreditei muito nesta história, porém, nos dias de hoje, é muito difícil de encontrar por aí cópias desta tiragem, dita “defeituosa”.
Alguns clássicos definitivos do Black Metal surgiram deste álbum, como “Reaper”, “Sacrifice” e “In Conspiracy with Satan”. Todos dentro da roupagem crua e direta, contendo letras que tinham suas bases ideológicas fincadas no satanismo. Ainda que algumas delas sejam infantilizadas para os padrões atuais, tudo aqui foi reflexo da sua época e teve sua relevância para todo um movimento cultural que veio na sequência.
“Bathory” é um daqueles trabalhos que são unanimidade dentro da cena, ainda mais para as pessoas nascidas na década de setenta, e que acompanharam in loco o seu surgimento. Mesmo que de maneira arcaica, Quorthon ajudou a definir padrões musicais e comportamentais a serem seguidos, criando algo atemporal e que nos permite fazer até uma avaliação historiográfica. Apesar de ser bem curto, o debut álbum do BATHORY cumpriu o seu papel para a criação do Black Metal, servindo como inspiração para toda uma geração de músicos e fãs ao redor do mundo.
Formação:
Quorthon (vocalista, guitarrista)
Stefan Larsson (baterista)
Tracklist:
01. Storm of Damnation
02. Hades
03. Reaper
04. Necromansy
05. Sacrifice
06. In Conspirasy with Satan
07. Armageddon
08. Raise the Dead
09. War
10. The Winds of Mayhem
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